Supersubfaturado

Friday, February 18, 2005

Um lugar onde as pessoas sejam loucas...

Há uma nova ordem por aí, que pode ser velha e tal, mas hoje é nova. Sim, porque as ondas vêm e vão e nunca são as mesmas, como diria o Nelson e o Luís (nossa, que brega isso). Mas, tá: a nova ordem estava no show de um Júpiter Maçã libertado das viagens de ácido e de ego. Quer dizer, ele ainda deve tomar ácido e ter um ego gigante, mas tudo está no lugar agora. Ontem, era o lugar certo, não fossem as cadeiras que confinavam o público a assistir o show sentado. Até lembrei do Spiritualized no Hammersmith Odeon em 2001, mas ali não tinha como ser de pé (era tanto estrobo na cara que muita gente poderia desmaiar, sério). E o Júpiter toca baixo como ninguém, em músicas como ninguém já fez senão ele, em improvisações que até o mais maluco dos arnaldos jamais faria. Superchapadas, como em Essência Interior. O Júpiter de ontem é daqueles de lembrar daqui a dez, quinze anos, e ter vontade de estar lá de novo para ver igual, sem se importar que as ondas não são mais as mesmas.

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Tuesday, February 15, 2005

O amor com prazo de validade

O amor não é algo assim fácil. Se fosse só decidir com quem ficar ou não, não seria amor, seria bazar _lá eu me decidiria por vantagens ou preços. Bah, amor não tem vantagem nem preço.
Mas amor tem tempo, validade. O de antes pode não se esgotar na espera. Mas eu não quero mais esperar, então me esgoto. E vejo ele acenar lá do bar, as garrafas vazias sobre a mesa, e eu nem me decidir quando ele resolve dizer o que eu queria ouvir.
Eu já ouvi essa história. E nem sei qual história me interessa. Se prefiro nenhuma ou uma nova.
Só deixo tudo acontecer. Quero mexer nos quadros e no pacote embalado em caixas de plástico, espirrar e chorar pelo pó que ele levantar. Só isso.

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