Supersubfaturado

Monday, March 20, 2006

Time de uma banda só

Ainda não entendi. O show de quarta passada, no estacionamento do Credicard Hall, foi daqueles que você rezou para estar. E lá esteve, por 90 minutos, debaixo de uma chuva divina _e como foram divinos aqueles minutos! Mas a reação _prensa passada, texto publicado, comentários pulando os ouvidos_ foi a de que eles estavam lá mas aqueles 14 mil não estavam nem aí.
Tá, vamos combinar? O Oasis, banda sobre a qual este texto fala, sempre foi mais odiado que amado, assim, tipo o Corinthians. Mas quem gosta ama de verdade. Hinos de "Morning Glory" saiam da garganta de qualquer um; "Songbird", do recente Heathen Chemistry", saía da de uns; enquanto os outros esperavam por "Wonderwall". Sabe que entre esses outros, esses 70% vá lá, tem gente que escreve em jornal, que texto sai na internet, que a opinião voa como o que está escrito na Bíblia. E pouco se fala que eles são competentes, que a banda é ótima, que Liam segue impecável, que Noel segue econômico, jogando para o público, mais banda que o resto da banda.
Faltou dizer que o disco todo, "Don't Belive the Truth", funciona tão bem para um estádio como "Morning Glory". Que Gem e Andy Bell estão mais à vontade do que jamais estiveram. E faltou dizer, sobretudo, que São Paulo não é Londres, como a maioria queria que fosse; e se São Paulo não é Londres, não cola esse "relato" da frieza de público e banda. Porque ao Oasis, meu caro, cabe a comparação lá de cima: é como o Corinthians. Ele não joga para a torcida, a torcida joga para ele _e a torcida do Oasis está em Londres, e a do Timão, aqui. Isso, só quem é corintiano ou fã do Oasis pode entender.

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