Supersubfaturado

Sunday, April 24, 2005

Quero a Polly

Eu folheei o encarte de um CD e encontrei o rosto de PJ ainda jovem, um ou dois discos lançados. Os cabelos estavam presos, e o rosto era de segundanista quase bicho-grilo. Ela é bicho, mas não assim, desse tipo. Eu mal sabia àquela época qual era a dela, só descobri alguns anos depois, a foto molhada de divulgação de Rid of Me. A atormentação rasgada de guitarras ganhou espaço, queria que todas as mulheres soassem como ela, a Polly.
E eu desdenhei do álbum com o John Parish, que alguém disse que só servia de porta-copos ou para impressionar amigos na mesa da sala. E quase ignorei o seguinte, que agora me foge o nome. E mais uma vez caí de amores por ela, com aquele penteado e olhar para trás de Stories from the City, Stories from the Sea (perdoe se for o contrário). Lembro de comprar o single de A Place Called Home pela foto de Polly encolhida e molhada em uma banheira. E quis tê-la quando a vi pela primeira vez ao vivo, de conjunto de vinil e Telecaster, Reading, quatro anos atrás.
E ontem me peguei apaixonado pela mulher de cabelos amarrados, meio pronta, meio durona, mulher só para machos de verdade mesmo, como o Nick Cave. Eu me peguei apaixonado por Shame, que não paro de ouvir, e por outra, curtinha, cujo nome esqueço agora. As polaroids, os auto-retratos digitais, o encarte de “Uh-Huh-Her”. Eu quero um espelho. Eu quero uma máquina. Eu quero a Polly.

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